Imagine um Big Brother que nem o que estamos acostumados a assistir. Tem gente que é verdadeiramente obcecado por este tipo de programa (e admito que eu gosto, perco meu tempo assistindo e votando). Agora imagine um Big Brother um pouco mais agressivo. Ok, a quem quero enganar? Muito mais agressivo. Onde o vencedor é aquele que conseguir permanecer vivo – enquanto todos os outros participantes morrem.
Eu já estava há muito tempo ansiando por essa leitura. Na primeira vez que li a sinopse já me deu vontade de sair correndo e comprar o livro. Como o valor dele não é nada muito agradável, tive que esperar até conseguir emprestado.
“The Hunger Games acontece em um período não identificado do futuro, em uma nação conhecida como Panem, isso tudo após a destruição da América do Norte. Panem consiste em um rico distrito, a Capital, e ao redor desse há outros doze distritos mais pobres.
Como castigo por uma rebelião anterior contra a Capital, a cada ano um menino e uma menina de cada distrito, com idades entre doze e dezoito anos, são selecionados por sorteio e forçados a participar do Jogos Vorazes, um evento televisionado onde os participantes, ou “tributos”, devem lutar até a morte em uma arena ao ar livre, até que apenas um permaneça.
A história segue a vida de Katniss Everdeen, uma menina de 16 anos que se voluntaria a jogar o 74º Jogo no lugar de sua irmã mais nova, Prim, quando essa foi escolhida para participar dos Jogos.”
É isso aí. Não existe mais Estados Unidos. O que há agora é PANEM, com uma Capital onde os ricos e hipócritas se divertem assistindo ao programa mais deplorável de todos. Num “país” onde você é obrigado a se candidatar aos Jogos (e quanto mais velho vai ficando, mais chances tem de ser sorteado) e tentar sobreviver. Onde aqueles que não são sorteados precisam manter a boca fechada enquanto vê os amigos, filhos e irmãos serem dilacerados pela televisão.
Não há pena, não há compaixão. Ninguém hesita. Na arena, tudo é aceito, qualquer coisa pode acontecer. Ou você mata, ou você morre. Katniss está desesperada tentando se manter viva, fugindo dos seus predadores – os outros 23 participantes – e ainda por cima lutando com seus próprios medos e desejos.
Li o livro em menos de 24 horas e só não comi as unhas porque precisava dos dedos para passar as páginas. Suzanne Collins conseguiu colocar em um livro o que muitos diretores tentam, mas não conseguem fazer em um bom filme de ação. É pura agonia, suspense e um medo que impera em você enquanto torce freneticamente para que a protagonista consiga sair dessa. Em uma determinada passagem do livro, percebi que estava toda rígida, músculos tensos, do mesmo jeito que Katniss estava.
O ponto mais alto, a meu ver, desse livro, é narrar uma história num futuro tão distante, mas ao mesmo tempo tão próximo de nós. Será mesmo que não estamos perto de aceitar algo desse tipo? Já acatamos tanta crueldade no mundo e raramente fazemos algo para mudar, o que nos impede que em breve isso também não esteja acontecendo? Já aconteceu antes, basta voltarmos um pouco no tempo até a grande arena do Coliseu, onde os gladiadores entravam e ficavam até que somente um restasse. Não é verdade?
Recomendo a quem tem estômago forte e gosta de uma boa aventura. Já tentei enxergá-lo por diversos outros pontos de vista e minha resposta final é que é impossível não gostar do livro.
Seus direitos foram comprados pela Lionsgate e logo espero poder ver Katniss e Peeta no telão do cinema. Para quem quiser dar uma conferida em 2 trailers (totalmente feito por fãs) super legais, clique aqui e aqui.
O livro custa em torno de R$ 38,00 a R$ 40,00. Você pode comprá-lo pela Saraiva se tiver interesse.
Bjs, Kel
It Cultura 
eu estava meio indecisa sobre esse livro,pq eu pensei que fosse um “Feios” sabe?mas uma resenha assim,me faz pensar 2 vezes,e é mais um livro pra minha listinha! =D